Alojamento precário, falta de banheiro e água potável: trabalhadores são resgatados em condição análoga à escravidão na BA

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Caso aconteceu em Lauro de Freitas. Proprietários tiveram que arcar com verbas rescisórias e com indenização de R$ 5 mil para cada trabalhador, além de R$ 30 mil por danos morais coletivos.

Fonte: Por g1 BA

Trabalhadores são resgatados em condição análoga à escravidão na Bahia — Foto: MPT-BA

Quatro trabalhadores da construção civil foram resgatados durante uma operação de combate ao trabalho escravo no município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), a ação aconteceu nos dias 1° e 2 de abril. No entanto, as informações foram divulgadas nesta segunda-feira (7).

As vítimas trabalhavam na construção de casas dentro de um loteamento, na Rua Ministro Antônio Carlos Magalhães, no bairro de Buraquinho.

Os proprietários dos lotes onde o grupo trabalhava tiveram que arcar com as verbas rescisórias e com uma indenização de R$ 5 mil para cada um, além de R$ 30 mil por danos morais coletivos, que deverão ser depositados dentro de 30 dias no Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad).

As vítimas foram retiradas do local e tiveram os custos de retorno para casa assegurados pelos empregadores, caso queiram retornar aos locais de origem.

Condições precárias

Trabalhadores são resgatados em condição análoga à escravidão na Bahia — Foto: MPT-BA

De acordo com o MPT, a configuração de trabalho escravo se deu, dentre outros aspectos, por:

👉 Péssimas condições do alojamento onde as vítimas residiam;

👉 Falta de condições de armazenamento dos alimentos consumidos, que não eram fornecidos pelos empregadores;

👉 Ausência de instalações sanitárias adequadas;

👉 Não fornecimento de água potável, e de equipamentos de proteção, mesmo para atividades com elevado risco de acidentes;

👉 Condições precárias de higiene no local.

Trabalhadores são resgatados em condição análoga à escravidão na Bahia — Foto: MPT-BA

A operação de combate ao trabalho escravo foi realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal (PF) e Secretaria da Justiça e Direitos Humanos (SJDH) do estado.

A equipe visitou diversos alvos em Salvador e Lauro de Freitas identificados previamente a partir de denúncias e levantamento de informações. Esse foi o único caso que resultou em resgate.

Trabalhadores são resgatados em condição análoga à escravidão na Bahia — Foto: MPT-BA

Trabalhadores são resgatados em condição análoga à escravidão na Bahia — Foto: MPT-BA

Trabalhadores são resgatados em condição análoga à escravidão na Bahia — Foto: MPT-BA

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